Conceito de Comércio Eletrônico
O NTIA (National Telecommunications and Information
Administration) define comércio eletrônico
de uma maneira bem geral como: Qualquer uso da tecnologia eletrônica
em qualquer atividade comercial. Por esta definição
, entende-se que esta atividade é muito mais do que simplesmente
um “home-shopping'' ou a venda de um produto
on-line. Ela pode considerar,
por exemplo, a realização de contratos, negociações e marketing eletronicamente. Comércio eletrônico é uma metodologia
moderna de negócios que captura as necessidades das organizações , dos negociantes e dos consumidores com o objetivo
de reduzir custos, melhorar a qualidade de produtos e serviços e aumentar
a velocidade de distribuição . Um dos fatores para o grande interesse
em comércio eletrônico é que este apresenta-se
fortemente adequado para o processo atual de reengenharia dos processos
de negócios nas organizações. Alguns pontos importantes dessa reengenharia são : redução de custos, interação
mais rápida com o consumidor e a melhoria na qualidade dos serviços.
Além disto, o processo de reengenharia
aborda a necessidade do uso de tecnologia de mensagens eletrônicas para
a realização de negócios a fim de se reduzir o número de papéis circulados
e aumentar o nível de automação. O comércio eletrônico pode atender
a todos estes requisitos e por isto tem sido bastante discutido e pesquisado. |
Em geral, comércio eletrônico pode trazer melhorias para uma
empresa aumentando a sua eficiência em encontrar e interagir com consumidores,
na comunicação com seus parceiros comerciais e no desenvolvimento de
novos produtos. Novos mercados serão abertos e o seu domínio de atuação
deixará de ser limitado da sua região geográfica para um mercado global. |
Vantagens
Podemos citar alguns exemplos reais
de vendas na Internet, tais como o
da livraria Amazon,
onde apresenta como o seu 3º maior comprador de livros o Brasil, seguido de EUA e Japão. A Dell Computers,
que no início de 1997, quando deu inicio de suas vendas na Internet, vendia US$ 1 milhão/dia, através
de seu site na Internet (revista Fortune de 14 de abril
de 1997) e que no final de 1997 já vendia US$ 2 milhões/dia, através do seu
site.
A
corretora americana de ações E*Trade conquista cerca de 600 novos clientes/dia via
Internet.
Os dados apresentados mostram
perfeitamente o salto nos faturamentos das empresas acima citados, após terem
colocado seus sites no ar.
Avaliando a abertura de uma filial.
O custo com aluguel, telefone e encargos do Governo, sendo comparado
a estadia mensal de um comércio eletrônico por 500 reais/mês.
-
As pessoas que acessam a Internet possuem um certo poder
aquisitivo;
-
A projeção para a expansão no setor é impressionante:
-
700 milhões gastos na Internet em 1996 (dólares);
-
700 bilhões projetados para o ano 2000.
Uma
pesquisa realizada em Londres, revela que os
executivos chefes de grandes empresas tem mais confiança no futuro do comércio
eletrónico do que os respectivos diretores CIOs (chief executives officers,
vice-presidente encarregados na área de informática). O levantamento feito pelo
Bathwick Group, sob
patrocínio da SUN Microsystems
e da Oracle,
ouviu o alto escalão de cem empresas britânicas.
Segundo pesquisa, 41% dos
executivos-chefes acham
que o comércio eletrónico vai ampliar a lealdade dos
consumidores; apenas 23% dos CIO tem a mesma visão. Entre os executivos-chefes,
apenas 13% afirmaram que não tinham planos de abrir uma loja eletrónica nos
próximos 12 meses, entre os CIOs, esse numero cresce
para 40%.
Desvantagens
O comercio eletrónico será lucrável
até o ano 2000 (22%) ou após (34%). Barreiras que dificultam
o comercio eletrónico.
-
Mercados ainda com pouca penetração na Internet (29%).
-
Produtos de difícil exposição na Internet (24%).
-
Falta de cultura no uso do comercio eletrônico (21%).
-
Desconfiança no débito eletrônico (17%).
Quando
se trata de fazer marketing , as empresas são mais
tímidas, independente do tamanho do mercado, existe um conservadorismo de quem
decide a mídia nas empresas.
Conceitos
¨ O que é
Internet? - É uma rede de
alcance mundial, a qual interliga computadores de vários países, empresas e
universidades. Um dos seus principais
atrativos é o HTTP-Hyper Text
Transfer Protocol, que é o
protocolo que permite “navegarmos” na Internet.
¨ O que é intranet?
- É uma rede interna da empresa onde são armazenadas informações de uso
exclusivo da própria empresa.
¨ O que é extranet? - É uma rede formada entre empresas, com um objetivo comum.
Neste caso é conveniente exemplificarmos para melhorar o entendimento. Uma
aplicação típica pode ser de um grande supermercado, o qual possuí seus
fornecedores. A Intranet deste supermercado passa a
interligar-se à rede dos seus fornecedores, para troca de informações de
estoque, vendas, etc. Nesta rede fica vedado o acesso de terceiros, que não
compõe o sistema.
¨ O que é VAN (Value Added Network) - è uma rede de valor agregado, onde as empresas depositam
e retiram informações trocadas com seus parceiros comerciais. A VAN é parte
integrante de uma solução de EDI. Como exemplos de VAN no Brasil, podemos citar
a EMBRATEL-Empresa Brasileira de Telecomunicações com
o STM-400, a Proceda, a Interchange e a Origin, dentre outras.
¨ O que é e-commerce? É o comércio própriamente dito na Internet, a venda de um livro, um CD
ou até mesmo um serviço, caracteriza-se como e-commerce.
O comércio varejista ou até mesmo o atacadista se encaixam nesta modalidade.
¨ O que é JAVA? É uma linguagem de
domínio público especialmente criada para ser usada na Internet. A principal
característica da Internet é o processamento distribuído, onde existem vários
computadores trabalhando de forma cooperativa. A linguagem JAVA foi
desenvolvida baseada neste princípio, proporcionando aos usuários e aos
desenvolvedores de aplicações uma forma robusta e segura de operação.
¨ O que é HTML? O Hyper Text
Markup Language (linguagem
de markup para hipertextos) foi a
primeira linguagem para criação de páginas na Internet. Sua programação é
simples para elaboração de Home-Pages, porém, não é o
mais adequado para aplicações onde exista a necessidade de grande troca de
informações, como consultas, compras, troca de senhas, etc. Neste caso o JAVA é
o mais indicado.
Comércio
Eletrônico na Internet
O American
Express calcula que entre US$ 4 bilhões e US$ 6
bilhões foram gastos este ano em compras pela Internet. As vendas crescem a taxas superiores a 400%
por ano.
Gigantes do setor, como IBM,
Microsoft e AT&T, e pequenas empresas apresentam
armas para faturar com o novo filão.
A Microsoft anunciou o “BackOffice 4.0”, pacote que inclui programas para criar
páginas e outros softwares para montar uma base de negócios na rede.
A empresa de Gates também fechou
parcerias com a alemã SAP e a americana Commerce One para o desenvolvimento de uma arquitetura para
aplicações em comércio eletrônico.
A IBM não ficou para trás e anunciou
uma série de produtos e serviços para facilitar aplicações comerciais na
Internet. Também anunciou o início do funcionamento, do Institute
for Advanced Commerce.
O objetivo é explorar o impacto das novas tecnologia no mundo dos negócios. Já recebeu
investimentos de US$ 10 milhões.
A Sun
lançou ainda um servidor. O Netra Proxy Cache é o
Primeiro de uma série para provedores de acesso, grandes websites e grandes rede corporativas.
Fonte: Folha de São Paulo.- Quarta-Feira, 17/12/97
Neste primeiro semestre de 1999, acompanhamos muitas
publicações na área de e-business, ou negócios pela
Internet.
Muitas estatísticas sobre valores foram publicadas, a mais
otimista realizada pela Activ-Media Inc, prevê para
os próximos 3 anos, até 2001, um volume de 1,8 trilhão
de dólares, ou o equivalente a 2% do PIB mundial. Algumas pesquisas mais
conservadoras, como o da Forrester Research estimam um volume de 65 bilhões de dólares. Dentro
desta dança de números aparece a pesquisa de um órgão com grande influência nos
meios telemáticos, o Gartner
Group, o qual prevê cifras na ordem de 400 bilhões de
dólares somente em 1 ano (2001).
Estão sendo considerados nos dados
publicados, apenas o comércio varejista e-commerce;
as aplicações de EDI (Electronic Data Interchange), a qual prevê a realização de negócios na
Internet, não foram contabilizadas.
¨
Hardware –
Atualmente o mercado oferece equipamentos para todas as aplicações. A
implantação de um, site na Internet pode variar de poucos milhares de dólares
até a alguns milhões de dólares. As máquinas com tecnologia RISC são as mais
utilizadas na Internet por terem uma melhor performance e segurança. Para os
equipamentos tipo RISC (máquinas com tecnologia de processadores próprios)
encontram-se fabricantes com a SUN Microsystem, a
IBM, HP e Digital. Já nos equipamentos tipo CISC (máquinas
com processadores INTEL), temos os fornecedores Compaq,
HP e Digital.
¨
Software –A
maior parte do investimento na montagem de um site Internet esta na aquisição
dos softwares, ou programas de computador. Os softwares irão representar a
qualidade e segurança dos serviços prestados. Quanto a
segurança aspectos como criptografia, firewall,
controle de acessos, bilhetagem, confecção de programas seguros fazem a
diferença na escolha do software. Já no aspecto qualidade dos
serviços, temos softwares como o da Microsoft – Site Server, que
gerenciam, dão estatísticas de uso das páginas e fornecem facilidades aos
programadores para navegação por menus.
¨
As
telecomunicações – quem já não ficou chateado com o tempo de resposta na
obtenção de alguma informação na Internet? A resposta é evidente, todos. Todos
nós já passamos por dificuldades no acesso a alguma informação, porque o
retorno da mesma aconteceu em alguns minutos. Este problema não acontece
somente no Brasil, mas sim no mundo todo. Isto acontece porque os equipamentos
necessários à interligação de nossos computadores à Internet, os modems,
possuem velocidades baixas na ordem de 33.600 bits por segundo. Esta velocidade
é razoavelmente boa para o acesso a home-pages que
possuam somente textos. Quando a home-page envolve
desenhos, a quantidade de bits a serem transferidos sobe muito, fazendo com que
a velocidade de 33.600 bits por segundo, não seja adequada ao tráfego. Um outro
problema, este sim é maior aqui no Brasil, são os sistemas de público de
telecomunicações, que é formado com equipamentos antigos e linhas de baixa
qualidade. Todos estes problemas atingem os usuários domésticos, visto que nas
empresas que podem pagar por um serviço melhor, um serviço dedicado de
comunicação de dados de alta qualidade pode ser obtido junto a Embratel,
Telesp, etc. Neste área ainda pouco desenvolvida para
os usuários domésticos teremos uma verdadeira revolução com a entrada da TV a
cabo e de modems melhores. Estes fatos associados à reforma do parque
tecnológico nacional, com a privatização das empresas telefônicas, fará com que em alguns anos, teremos uma qualidade de acesso
bem superior comparada com a atual.
Comércio
Eletrônico no Brasil
No
Brasil os computadores já são vendidos em supermercados; cada vez mais os
bancos incentivam o uso do computador pessoal nas transações bancárias e os
próprios governos já usam a Internet para facilitar a vida do cidadão,
incluindo o governo brasileiro.
Estatísticas
mostram que 20% dos internautas hoje praticam ou já
praticaram comércio eletrônico via Internet no Brasil. 15% não irão praticar e
os demais 65% têm vontade de fazê-lo.
O
Comércio Eletrônico já representa cerca de 10% das vendas do Pão de Açúcar.
O
home banking Bradesco já é
a “agência” do grupo com o maior número de usuários.
Muitos
canais de marketing já operam versões virtuais (Fenasoft Vitual,
Net Plaza AM CHAM, etc.).
Devido
ás características peculiares, o comércio eletrônico, representa grande
oportunidade para empresa desenvolverem ferramentas e soluções para:
-
anúncios eletrônicos;
-
dinâmicas de vendas
virtuais;
-
segurança nas
transações.
Estima-se que existem cerca de 200 mil usuários no Brasil.
Uma Visão de
Futuro Usando o Comércio Eletrônico
Comprar
através do computador para a nova geração de crianças será tão natural como
assistir televisão, que
alias já possui facilidade de acesso a Internet. Ninguém pode ter dúvidas que o Comércio
Eletrônico fará parte do dia a dia das pessoas em um futuro muito breve. A rede
de computadores é considerada
um dos maiores fenômenos do século XX. Estima-se cerca de 40
milhões de usuários no mundo.
Na
era do Comércio Eletrônico vários negócios irão se
transformar, para que possão sobreviver no mercado
global.
Bilhões
de dólares estão sendo investidos pelas empresas de telecomunicações para
colocar no espaço satélites de baixa órbita que estão envolvendo o globo
terrestre. Isso permitirá que ligações entre quaisquer pontos do planeta custem
o equivalente a uma ligação local. Os novos palmtops,
computadores capazes de se colocar no bolso, já estão operando com uma versão
simplificada do sistema operacional Microsoft Windows, com editor de texto,
planilha eletrônica, banco de dados, agenda de compromissos e browse para acesso a Internet. Tudo isso por cerca de US$
600 no mercado americano. Isso significa que uma pessoa poderá fazer compras como a de um bom
livro, no meio da selva amazônica.
De todos os fatores que envolvem o uso comercial da
Internet, as questões legais são as mais frágeis. Os complexos ambientes, proporcionam inúmeras possibilidades de prejuízos e
fraudes, causadas por interrupções de funcionamento, roubo de informações,
difamação e processos judiciais. As leis atualmente não são claras, ou até
mesmo não existem.
Muitas
fraudes são cometidas atualmente; roubo de senhas de cartões de crédito e
compra ilegal são as preferidas dos crackers/hackers
(intrusos). Freqüentemente a mídia publica casos de fraudes, e as empresas que
mantém site na Internet, cada vez mais gastam milhões de Reais para garantir a
integridade de seu site. Os bancos são os que mais investem nesta área, a razão
é óbvia, pois lidam com dinheiro de clientes e da empresa.
Este item traz a tona um grande desafio para os governos.
Vamos partir do pressuposto que uma empresa qualquer está vendendo um software
com um CD e manuais pela Internet. Este produto é físico e tem que ser
transportado ao endereço que o cliente declarou. Todos sabemos que aqui no
Brasil, para podermos transportar um produto, a nota fiscal deve
acompanha-lo. Agora vamos imaginar outra emprea
que também vende o software, porém, para adquiri-lo precisamos apenas dar o
número do cartão de crédito (igual a anterior), mas esta empresa não fornece a midia em CD e manuais em papel,. O
software é colocado a disposição do comprador na
Internet. Para que o comprador tenha acesso ao software o mesmo deverá efetuar
um download do mesmo (transferência de arquivo entre computadores). A pergunta
é: Como o governo pode fiscalizar esta transação? Certamente algum
tipo de lei será criada e aplicada, mas até neste presente momento nada
existe.
Fica
valendo a lei de copyright neste caso. Softwares colocados a
disposição na Internet são protegidos pela lei, devendo ter o mesmo tratamento
no caso de um disquete e/ou CD. Recentemente um caso nos Estados Unidos chamou
a atenção, onde um garoto desenvolveu um programa de computador que retirava a
proteção do software da Microsoft, e o colocou a disposição no seu site
pessoal. Neste caso o garoto não colocou o software aplicativo da Microsoft
para ser “pirateado”, mas colocou um programa que permitiu que muitos usuários
que tinham uma versão especial do software da Microsoft (software com limitação
de uso pôr um período de 120 dias) quebrassem a proteção da limitação, fazendo
com que o software tivesse uso pôr tempo ilimitado. Este caso foi ao Juri e o garoto foi punido.
Os FireWall´s -
o objetivo do firewall é proteger uma rede contra
invasão proveniente da Internet. Este dispositivo é formado por hardware e
software construídos especialmente para a função de proteger os dados das
empresas, fazendo com que pessoas não autorizadas sejam barradas quando
tentarem invadir depósitos de dados proibidos.
Criptografia – A criptografia vem sendo utilizada a
séculos, através do tempo foi utilizada para enviar mensagens seguras em caso
de guerras, espionagem, etc. Com o advento da Internet, o que passa a acontecer
é que os malfeitores digitais espiam os internautas
24 horas por dia, 7 dias por semana. Para nossa tranquilidade,
empresas de software desenvolveram sistemas de criptografia capazes de proteger
nossas informações, seja o número de um cartão de crédito, seja senhas de
contas bancárias. Existem atualmente padrões como o SSL – Secure
Socket Layer, o DES – Device Encryption System e o SEPP-Secure Electronic Payment Protocol, este desenvolvido pelas empresas CyberCash, Mastercard,
IBM, Netscape e GTE para o SET _ Secure
Electronic Transcations. A maioria dos serviços bancários implementaram o recurso de
criptografia, por ser a segurança um ponto vital para que as pessoas possam
usar a Internet como um meio seguro para consultas, pagamento de contas,
transferência de valores, etc. Os Browsers atuais (Netscape
e Internet Explorer) suportam estas novas tecnologias.
Certificação
digital – Com a criptografia
resolvemos parte do problema da
segurança, ela garante que nossas informações não vão ser descobertas pelos
piratas cibernéticos, porém, ainda existe um problema; será que o destinatário
que está respondendo é o que eu penso ser? Este é um caso de falsa identidade,
algum espertinho pode estar se passando por outro. Como resolver este problema?
Aqui entra a certificação digital, que tem como missão
reduzir o risco de falsa identidade na Internet.
A
certificação digital é comandada por sistemas de criptografia associada a um
cartório digital, o qual cuida de conferir a identidade de cada uma das partes
envolvidas. Podemos fazer uma analogia ao reconhecimento de firmas em um
documento de transferência de veículo, onde um cartório através de análise da
assinatura, faz sua validação. Um dos mais conhecidos
cartórios digitais é o da companhia americana Verisign
(www.verisign.com) criada em 1995 e atualmente conta
com cerca de 2 milhões de pessoas certificadas. Aqui no Brasil temos a empresa Certisign que trabalha com esta modalidade. O custo para se
ter uma identidade de digital está em R$ 30,00 Reais mais as despesas de
registro de contrato que está em R$ 18,00 Reais. Este tipo de serviço tem a
validade
de 1 ano, devendo ser renovado periódicamente.
¨ Tipos
de produtos – neste item cabe uma pergunta. O que eu posso e devo comercializar na
Internet? A resposta é tudo para o “posso”, e depende para o “devo”. Produtos
como automóveis, computadores, CDs, e serviços como aluguel de carros,
consultas em agências de viagens, são exemplos do que podemos fazer. Porém,
existem produtos e serviços que certamente tem mais afinidade com esta
modalidade de comércio. A venda de livros, CDs, assinatura de revistas são
exemplos clássicos. Os produtos de consumo que têm
preferência pelos cidadãos das classes mais abastardas também podem tem
um bom desempenho, afinal, para se comprar na Internet necessitamos de pelo
menos um microcomputador com acesso à rede; e em que lares encontram-se estes
equipamentos?
Certamente a venda de produtos por um supermercado, difere
da venda de um serviço de consulta astral. O Pão de Açucar,
por exemplo efetua vendas de produtos de supermercado
e quando o cliente finaliza a compra, a mesma deverá ser entregue em algum
lugar especificado pelo cliente. Neste caso além da tecnologia da venda pela
Internet, a empresa tem que se preocupar com a logística de distribuição das
compras. No outro extremo temos a venda de serviço de astrologia, onde o
cliente faz parte de uma sessão de conversação, sendo o serviço iniciado e
finalizado dentro da rede.
A conclusão que chegamos está em forma de pergunta; Como será a Internet em 2001 no aspecto comercial? Através da leitura de muitos prognósticos, pesquisas científicas e comerciais, posso arriscar um palpite. Os computadores estão ficando cada vez mais velozes. Os sistemas de telecomunicações também estão ganhando força tecnológica, como a TV a cabo e as comunicações por satélite. As empresas estão cada vez mais incluindo em suas ofertas de vendas a modalidade Internet. E os usuários residenciais estão cada vez mais informatizados; o microcomputador está virando um eletro-doméstico. Somando todos estes ingredientes, e mais o desenvolvimento de novos sistemas de segurança que através de leitores digitais de nosso polegar ou até mesmo da íris dos olhos possam dar garantia para quem compra e quem vende, o comércio eletrônico deverá ser uma modalidade tão importante quanto outras, como o estabelecimento de um local físico de venda. Quanto aos valores que irão trafegar pela rede, prefiro ficar com os dados do Gartner Group, o qual prevê para o ano de 2001 a cifra de 400 bilhões de dólares.
O EDI-Electronic Data Interchange (Intercâmbio eletrônico de dados), é uma forma
de comunicação eletrônica, onde empresas trocam documentos entre-si.
Estes documentos podem ser os mais variados possíveis; uma fatura, uma nota
fiscal, um pedido de mercadoria.
No Brasil um dos primeiros projetos de EDI em grande escala, começou na indústria automobilística. Batizado como projeto RND-Rede Nacional de Dados. Este projeto foi iniciado de uma ação conjunta da ANFAVEA-Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores e do SINDIPEÇAS-Sindicato Nacional dos Fornecedores de Autopeças, juntamente com seus associados. Neste projeto foram estabelecidos alguns padrões de formatação de arquivos (registros de dados) para a troca de informações de solicitações de pedidos de materiais, ou seja, o que antes era enviado via correio em papel, passou a ser enviado via telecomunicações. Atualmente muitos projetos desta natureza estão implantados, seja na área do comércio varejista, seja na área bancária.
O estudo de E.D.I. pela indústria automobilística, iniciou-se oficialmente em 1986, quando foram formado os grupos de trabalho de Protocolo e de Formatos, cujos trabalhos propiciaram o desenvolvimento de E.D.I. no País.
Bibliografia
Terry Bernstein,
Anish B. Bhimani; Segurança
na Internet; Editora Campus, 1997
John R. Levine, Margaret Levine Young; Interne - Guia de referência; IDG Books; 1994
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